Ismael Leite de Almeida Júnior

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Aracaju, SE, Brazil
Poeta, cantor, compositor, guitarrista, apaixonado por mundos e vida.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Solto ao vento corro eu, junto às pétalas.




Às vezes desespero, outras tantas suicido,
Quase sempre enlouqueço, queira eu iludido.
Com olhos chafalhão, cênicos e desiludidos.
Coisa minha essa desgraça, esse chafurdo.

Eu! empoeirado pelo tempo – triste feito espinho.
Seco como a rosa murcha, morta e sem textura.
Que a beleza arremessou na areia para o fim do ninho.
Sem forma, nem cheiro, sem força nem fervura.

Solto ao vento corro eu, junto às pétalas.
Mancho meus pés de selva, de trevas, de ura.
Para sempre enrrustido no penitente das brenhas.

Que não vê a lua com beleza; Fadas com angústia.
Molha os jardins dos campos com lágrimas,
Germinando sonhos e traz da terra ignorância.

                          
                               

domingo, 10 de abril de 2011

Vivo desejando o silencio que nossos corpos provocam...


Penso em coisas tão distante quando a vejo...
Lembro de frases cortantes que lembra a vida...
Desejo tudo quanto posso desvendar de ti.
E quando imagino que aos prantos minha
Bela criatura vai guiando essa loucura
A frase bela que posso te mostrar está
A beira da loucura que penso afundar
E nas profundezas disso que imagino ser
O encontro com a poesia quer mais
É trazer daquela profundeza...

O sorriso mesmo em palavras tristes.
Consigo sonhar em beleza única
Transformadora, impulsionadora, tentadora,
Louca! Algo que deixa trêmulo minha grandeza.
E onde vejo que em ti sim, és o sumo do servo,
Do tudo! Tudo aquilo que imagino sendo o meu eu.
Mas todos os homens são tolos! Não vêem
Nas lágrimas à distância; no sonho o desprezo
E continua imaginando a solidão como um abandono.
Que loucura insana. Queria ter o amor ao meu lado agora
E sabe o que faria desse silêncio? O acompanhamento
Mais perfeito para celebrar paixão a qual choro,
A qual canto, a qual desejo, e mesmo sendo tolo

Vivo!!!

Vivo desejando o silêncio que nossos corpos provocam
Quando na aurora tudo vem se renovar...
Um novo dia, um novo mundo, um novo sopro,
Um novo medo, um novo pensamento...
Mas o mesmo amor... Você!
                                                         

Velho, velhice, e voce...

Qual verdade devo conservar para estrilar
O tipo de depressão os horríveis olhos
Que não temem o estrepito dos exórdios?
Faz presente o gemido de orgulho que sinto carregar.
           
Pelos ventos do fundo do mar...
Pelos sopros das pálpebras a chorar...
Pelos cacos de vidro nos olhos derramar...
Pelos poucos degraus a pendurar...

Este suave veneno despertado para dentro
Do meu bulbo ou do seu sofrimento.
Selo este amargo desejo cego.

Vejo a verdade com olhos cinzentos,
Diz a mim: as velhices desse corpo
São facas, correntes, que teu peito conserva.

(Ismael Júnior, 08/02/06).

Uma triste lembranca...

Eu sempre quis tê-la nas mãos.
Aberta, o coração ao vento, céptico,
Murmurando para nadar na dor do chasco.
Sua branca pele, feito neve ou paliação?

Veio o destino e nos trouxe ao acaso,
Fez da vida mais que simples devaneios
E levou para um longo e gélido passeio
Entre nuvens – suspensas no desvalioso.

Segui viagem feito cego, destemido!
Senti sussurros e gemidos, cânticos
Entristecidos, boca aberta, madrigal.

Destoante para o orvalho, eu, na noite exalo
Uma triste lembrança de tempos esquecidos.
Que da vida leva dor, saudade e desafios.

(Ismael Júnior, 07/12/2005).

Tudo tao real...

Para a liberdade atingir o homem
E se criar o espelho das almas,
Alcançando as paredes do desejo,
Amargando a solidão da alma.

Trazendo da noite, a vida;
Das trevas, o vigor;
Das sombras, a clareza
Para todo pecado e toda dor.

Parece-me que tudo se transformou,
Voltei a sonhar com anjos – talvez demônios -
Parei para pensar na dor
Da minha alma arrancada
Por uma simples palavra.

Da navalha, ao sangue;
Da queda, à dor;
Do sono, à morte;
Da morte, ao esquecimento.

(Ismael Júnior, 14/03/03).

Triste fim...

A terra sobre o mundo é o que vemos.
 O mundo é louco, pardo pela pele,
Negro como a noite, triste como eu.
Simples carne humana, fraca mente insana.

Mundo louco; mudo veste-se para seu fim.
Majestosa és a vida.
Por fiasco, és por um deus,
Sábio como eu.

Membro transtornado, vasto pelo amargo,
Cru pelo apelo.
Somos a ilusão, a febre da alma.

Somos a carne em teu pútrido estado.
Por que mentes?
Teus olhos não te dizem?

(Ismael Júnior, agosto 1998).

Tudo que nos versos passamos...

Apesar de sermos tão distantes,
A solidão consegue nos atrair,
Fazendo-se dizimar,
Tornando-se morrediço...

Tudo que nos versos passamos,
Para cada um, proclamássemos
A verdade do que há de vir.

Te amo tanto quanto as algas amam o mar;
Te vejo tanto quanto os meus olhos,
Por pura inocência, enxerga o luar.

E quando a lua cheia me deixa a pensar,
Não sei o porquê mas continuo a rezar
Por todas as noites da lua; esse belo olhar...

Venha fazer parte, não da minha vida,
Mas da eternidade da alma!Venha enxergar
A quão bela és. O olhar; o falar; o calar.

E tudo vire pedra, quando a tua linda poesia
O coração encantar!Assim poderemos a tudo tocar,
Sem esperar noite, dia, ou estação para ele brotar.

(Ismael Júnior, 19/06/08).

A procura da poesia lisérgica.

E agora falo para as trevas E para a luz. Quanto da minh’alma Figurará no fogo que arde E no brilho dessa luz opaca? Meus anseios e minhas l...