Qual verdade devo conservar para estrilar
O tipo de depressão os horríveis olhos
Que não temem o estrepito dos exórdios?
Faz presente o gemido de orgulho que sinto carregar.
Pelos ventos do fundo do mar...
Pelos sopros das pálpebras a chorar...
Pelos cacos de vidro nos olhos derramar...
Pelos poucos degraus a pendurar...
Este suave veneno despertado para dentro
Do meu bulbo ou do seu sofrimento.
Selo este amargo desejo cego.
Vejo a verdade com olhos cinzentos,
Diz a mim: as velhices desse corpo
São facas, correntes, que teu peito conserva.
(Ismael Júnior, 08/02/06).
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