Eu sempre quis tê-la nas mãos.
Aberta, o coração ao vento, céptico,
Murmurando para nadar na dor do chasco.
Sua branca pele, feito neve ou paliação?
Veio o destino e nos trouxe ao acaso,
Fez da vida mais que simples devaneios
E levou para um longo e gélido passeio
Entre nuvens – suspensas no desvalioso.
Segui viagem feito cego, destemido!
Senti sussurros e gemidos, cânticos
Entristecidos, boca aberta, madrigal.
Destoante para o orvalho, eu, na noite exalo
Uma triste lembrança de tempos esquecidos.
Que da vida leva dor, saudade e desafios.
(Ismael Júnior, 07/12/2005).
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