Por entre trevas que os meus olhos se escondem,
Mostro-lhe a face da profana criatura
Que alimenta a minha ira
Entre seios ensangüentados.
Arranco do meu espírito, que segue por ninhos,
Buscando a morte ao sonho;
A vida, ao desprezo.
Entre cantos com que lida - e desfaz -
Vaga contemplando os cegos,
Vive louvando luxúrias.
Faz da loucura, a arma;
Produz do sangue, o seu império.
Da vida, a desgraça.
Por negros olhos estarrecidos.
Os mandamentos que me seguem, de inércia sobrevive.
Proliferando traumas e dando continuidade aos cleros.
Prepare-se, pois é a escuridão que vai enfrentar.
E saberá a saída da aliança,
Pois a morte não será a realidade.
(Ismael Júnior, ... )
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Cegas dores em teus braços descançam
Onde olhos meus te acalentam,
Cegas dores em teus braços descansam.
Hediondas – grosseiras vozes da loucura
Na profunda melancolia te afundas.
Então o Calígula, em mim, assombra
E derrama em teu corpo de pele branda
A comida da mente que levanta
O deserto, a morte, as areias
Dos meus olhos que te cegam.
As loucuras - desfeitas faces da espera,
Por todas as noites, nas vozes, nos gritos,
Na fera consumindo a risos
O largo dorso da profana.
E meu peito devastado
Sobre o pequeno pulso dilatado,
Jorra o impuro sangue de princesa -
O louco sabor do pecado.
(Ismael Júnior, 20/06/05).
Cegas dores em teus braços descansam.
Hediondas – grosseiras vozes da loucura
Na profunda melancolia te afundas.
Então o Calígula, em mim, assombra
E derrama em teu corpo de pele branda
A comida da mente que levanta
O deserto, a morte, as areias
Dos meus olhos que te cegam.
As loucuras - desfeitas faces da espera,
Por todas as noites, nas vozes, nos gritos,
Na fera consumindo a risos
O largo dorso da profana.
E meu peito devastado
Sobre o pequeno pulso dilatado,
Jorra o impuro sangue de princesa -
O louco sabor do pecado.
(Ismael Júnior, 20/06/05).
Cega lembrança
Alvo das sombras, guerreiro das luzes,
Onipotente servo dos lares obcecado por lucidez submissa.
O lar do desespero venera por prazer da carne
Para satisfazer a vergonha,
Para derramar sua desilusão.
Arraste-me para seu lado,
Leve-me ao encontro do seu mundo,
Mostre-me a carne imunda que carrega para a terra,
O fogo que leva para sua esperança,
A sombra que o eleva do medo.
Falas que o guiam pelo corpo e o destrói
Com seu passado.
Trevas que reinam em seus castelos,
Ódio que o persegue nos céus.
Quero a cega lembrança
Ao seu martírio a fim de mostrar-lhe
O que de mais valioso existe em seu trono.
(Ismael Júnior, ... ).
Onipotente servo dos lares obcecado por lucidez submissa.
O lar do desespero venera por prazer da carne
Para satisfazer a vergonha,
Para derramar sua desilusão.
Arraste-me para seu lado,
Leve-me ao encontro do seu mundo,
Mostre-me a carne imunda que carrega para a terra,
O fogo que leva para sua esperança,
A sombra que o eleva do medo.
Falas que o guiam pelo corpo e o destrói
Com seu passado.
Trevas que reinam em seus castelos,
Ódio que o persegue nos céus.
Quero a cega lembrança
Ao seu martírio a fim de mostrar-lhe
O que de mais valioso existe em seu trono.
(Ismael Júnior, ... ).
Caminho para uma longa noite
O encanto do entardecer pousa em seus olhos
E traz o enigma da noite
Mostrando todo seu poder e sua treva.
Do sonho que sobrevive e sobressai
Através do murmurar dos ventos - despercebidos outrora,
Arrasta contigo o grande desespero
De seres que guardam o desejo
De possuir seus cegos sentimentos
Inflamando a ferida - cruel e impetuosa.
A vida apenas lhe pertence - como um nada.
Busque o sonho do entardecer,
Espere a hora em que todo pesadelo se unirá
E conceberá, um só instante,
Aquele que sempre lhe perseguiu,
E hoje é fonte de desejo.
A noite é o jardim onde brotam todos eles.
( Ismael Júnior, ).
E traz o enigma da noite
Mostrando todo seu poder e sua treva.
Do sonho que sobrevive e sobressai
Através do murmurar dos ventos - despercebidos outrora,
Arrasta contigo o grande desespero
De seres que guardam o desejo
De possuir seus cegos sentimentos
Inflamando a ferida - cruel e impetuosa.
A vida apenas lhe pertence - como um nada.
Busque o sonho do entardecer,
Espere a hora em que todo pesadelo se unirá
E conceberá, um só instante,
Aquele que sempre lhe perseguiu,
E hoje é fonte de desejo.
A noite é o jardim onde brotam todos eles.
( Ismael Júnior, ).
Ai, nós.
Que saudade esta minha,
Vêm da boca, cegas linhas.
Estes traços belos, amontoados,
De saudade a me bater.
Falta-me o teu cheiro.
Mesmo tão distante,
Grita-me a todo instante
De vontade de te ver!
O teu seio tão brilhante,
Tua boca tão errante,
Faz-me dos olhos tão distantes
Um fervor a me arder.
Essa lua tão cheia, sedosa,
Sempre cativa, tão charmosa,
Enfia-me a lembrança,
Leva a ti, exuberância.
E ao teu lado, choro !!!
Um choro de homens,
Por um beijo distante,
No rosto da lua.
( Ismael Júnior, 23/04/2005).
Vêm da boca, cegas linhas.
Estes traços belos, amontoados,
De saudade a me bater.
Falta-me o teu cheiro.
Mesmo tão distante,
Grita-me a todo instante
De vontade de te ver!
O teu seio tão brilhante,
Tua boca tão errante,
Faz-me dos olhos tão distantes
Um fervor a me arder.
Essa lua tão cheia, sedosa,
Sempre cativa, tão charmosa,
Enfia-me a lembrança,
Leva a ti, exuberância.
E ao teu lado, choro !!!
Um choro de homens,
Por um beijo distante,
No rosto da lua.
( Ismael Júnior, 23/04/2005).
A natureza solitária
A solidão ainda lembra-me a natureza
Das coisas belas e únicas que sustentam
O movimento de um cérebro perdido de clareza.
Mas que encanta um pequeno mundo. E custam...
Custam a conhecer essa beleza tão clara,
Que no tempo mostra-se profundo, mesmo sem idade.
Passa o curto tempo de sua existência a procura
De uma humanidade tão às escuras para o que ele prescinde.
E ao mesmo tempo tenho os dias...
E vão passando sem ressentimento...
E quando se mostra loucura, a vida muda...
Ou muda-se a vida daquele que a procura,
Mesmo sem saber que a loucura paira.
Enxergo apenas as minhas calças rasgadas,
Minhas meias furadas, meus joelhos estremecidos
E um par de olhos dourados chorando por ternura.
(Ismael Júnior 08/04/2008).
Das coisas belas e únicas que sustentam
O movimento de um cérebro perdido de clareza.
Mas que encanta um pequeno mundo. E custam...
Custam a conhecer essa beleza tão clara,
Que no tempo mostra-se profundo, mesmo sem idade.
Passa o curto tempo de sua existência a procura
De uma humanidade tão às escuras para o que ele prescinde.
E ao mesmo tempo tenho os dias...
E vão passando sem ressentimento...
E quando se mostra loucura, a vida muda...
Ou muda-se a vida daquele que a procura,
Mesmo sem saber que a loucura paira.
Enxergo apenas as minhas calças rasgadas,
Minhas meias furadas, meus joelhos estremecidos
E um par de olhos dourados chorando por ternura.
(Ismael Júnior 08/04/2008).
A morte sem pretenção
Castigo a carne em nome da morte.
Juro piedade aos falsos corações.
E tão doloroso seja o sentimento
De glória ao teu nome.
Devasto as trevas para tua liberdade,
Escolho teu caminho para não mais escorregar.
E o que me resta na hora,
A não ser a palavra, para que possa
Ser compreendida e julgada
Pelos teus reflexos e desdobramentos?
Levanto-me agora para olhar-te
Com outros olhos...
Sonhar no meu caminho,
Perseguir teu inconsciente.
Invado teu corpo,
Miro em teus olhos, nada me fazes.
A dor que me transforma
Carrega minha sede de poder,
Enlouqueces a gana pela justiça
Que me fez pairar pelo injusto.
O fim da minha vida.
E com longos passos,
Caminharei ao teu lado,
Observarei tua própria sentença...
De vida ou morte.
Sem dor,
Sem motivo,
Sem pretensão.
(Ismael Júnior, ... ).
Juro piedade aos falsos corações.
E tão doloroso seja o sentimento
De glória ao teu nome.
Devasto as trevas para tua liberdade,
Escolho teu caminho para não mais escorregar.
E o que me resta na hora,
A não ser a palavra, para que possa
Ser compreendida e julgada
Pelos teus reflexos e desdobramentos?
Levanto-me agora para olhar-te
Com outros olhos...
Sonhar no meu caminho,
Perseguir teu inconsciente.
Invado teu corpo,
Miro em teus olhos, nada me fazes.
A dor que me transforma
Carrega minha sede de poder,
Enlouqueces a gana pela justiça
Que me fez pairar pelo injusto.
O fim da minha vida.
E com longos passos,
Caminharei ao teu lado,
Observarei tua própria sentença...
De vida ou morte.
Sem dor,
Sem motivo,
Sem pretensão.
(Ismael Júnior, ... ).
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A procura da poesia lisérgica.
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