Ismael Leite de Almeida Júnior

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Aracaju, SE, Brazil
Poeta, cantor, compositor, guitarrista, apaixonado por mundos e vida.

domingo, 10 de abril de 2011

Vivo desejando o silencio que nossos corpos provocam...


Penso em coisas tão distante quando a vejo...
Lembro de frases cortantes que lembra a vida...
Desejo tudo quanto posso desvendar de ti.
E quando imagino que aos prantos minha
Bela criatura vai guiando essa loucura
A frase bela que posso te mostrar está
A beira da loucura que penso afundar
E nas profundezas disso que imagino ser
O encontro com a poesia quer mais
É trazer daquela profundeza...

O sorriso mesmo em palavras tristes.
Consigo sonhar em beleza única
Transformadora, impulsionadora, tentadora,
Louca! Algo que deixa trêmulo minha grandeza.
E onde vejo que em ti sim, és o sumo do servo,
Do tudo! Tudo aquilo que imagino sendo o meu eu.
Mas todos os homens são tolos! Não vêem
Nas lágrimas à distância; no sonho o desprezo
E continua imaginando a solidão como um abandono.
Que loucura insana. Queria ter o amor ao meu lado agora
E sabe o que faria desse silêncio? O acompanhamento
Mais perfeito para celebrar paixão a qual choro,
A qual canto, a qual desejo, e mesmo sendo tolo

Vivo!!!

Vivo desejando o silêncio que nossos corpos provocam
Quando na aurora tudo vem se renovar...
Um novo dia, um novo mundo, um novo sopro,
Um novo medo, um novo pensamento...
Mas o mesmo amor... Você!
                                                         

Velho, velhice, e voce...

Qual verdade devo conservar para estrilar
O tipo de depressão os horríveis olhos
Que não temem o estrepito dos exórdios?
Faz presente o gemido de orgulho que sinto carregar.
           
Pelos ventos do fundo do mar...
Pelos sopros das pálpebras a chorar...
Pelos cacos de vidro nos olhos derramar...
Pelos poucos degraus a pendurar...

Este suave veneno despertado para dentro
Do meu bulbo ou do seu sofrimento.
Selo este amargo desejo cego.

Vejo a verdade com olhos cinzentos,
Diz a mim: as velhices desse corpo
São facas, correntes, que teu peito conserva.

(Ismael Júnior, 08/02/06).

Uma triste lembranca...

Eu sempre quis tê-la nas mãos.
Aberta, o coração ao vento, céptico,
Murmurando para nadar na dor do chasco.
Sua branca pele, feito neve ou paliação?

Veio o destino e nos trouxe ao acaso,
Fez da vida mais que simples devaneios
E levou para um longo e gélido passeio
Entre nuvens – suspensas no desvalioso.

Segui viagem feito cego, destemido!
Senti sussurros e gemidos, cânticos
Entristecidos, boca aberta, madrigal.

Destoante para o orvalho, eu, na noite exalo
Uma triste lembrança de tempos esquecidos.
Que da vida leva dor, saudade e desafios.

(Ismael Júnior, 07/12/2005).

Tudo tao real...

Para a liberdade atingir o homem
E se criar o espelho das almas,
Alcançando as paredes do desejo,
Amargando a solidão da alma.

Trazendo da noite, a vida;
Das trevas, o vigor;
Das sombras, a clareza
Para todo pecado e toda dor.

Parece-me que tudo se transformou,
Voltei a sonhar com anjos – talvez demônios -
Parei para pensar na dor
Da minha alma arrancada
Por uma simples palavra.

Da navalha, ao sangue;
Da queda, à dor;
Do sono, à morte;
Da morte, ao esquecimento.

(Ismael Júnior, 14/03/03).

Triste fim...

A terra sobre o mundo é o que vemos.
 O mundo é louco, pardo pela pele,
Negro como a noite, triste como eu.
Simples carne humana, fraca mente insana.

Mundo louco; mudo veste-se para seu fim.
Majestosa és a vida.
Por fiasco, és por um deus,
Sábio como eu.

Membro transtornado, vasto pelo amargo,
Cru pelo apelo.
Somos a ilusão, a febre da alma.

Somos a carne em teu pútrido estado.
Por que mentes?
Teus olhos não te dizem?

(Ismael Júnior, agosto 1998).

Tudo que nos versos passamos...

Apesar de sermos tão distantes,
A solidão consegue nos atrair,
Fazendo-se dizimar,
Tornando-se morrediço...

Tudo que nos versos passamos,
Para cada um, proclamássemos
A verdade do que há de vir.

Te amo tanto quanto as algas amam o mar;
Te vejo tanto quanto os meus olhos,
Por pura inocência, enxerga o luar.

E quando a lua cheia me deixa a pensar,
Não sei o porquê mas continuo a rezar
Por todas as noites da lua; esse belo olhar...

Venha fazer parte, não da minha vida,
Mas da eternidade da alma!Venha enxergar
A quão bela és. O olhar; o falar; o calar.

E tudo vire pedra, quando a tua linda poesia
O coração encantar!Assim poderemos a tudo tocar,
Sem esperar noite, dia, ou estação para ele brotar.

(Ismael Júnior, 19/06/08).

Sonhos opostos.

Quando a luz invade o ocasional
Transforma a nudez do espírito num longo caminho.
A entrada de uma passagem rodeada de inesperado,
Transborda de ânsia para o sonho invadir
Grande espaço vazio, oriundo e fantástico.

Não existe direção para as trevas; não existe
Pensamento que ultrapasse a meretriz das loucuras.
Imaginou-se algo doentio,
Nunca outrora observado
Por nenhuma criatura perpetuada neste universo.

Uma grandeza - que beira inferno e luz -
Nunca vista antes,
Ao menos vivida, por algum de nós.
Desenrola-se em opostos
E controvérsias dos nossos sonhos.

(Ismael Júnior, 1996).

A procura da poesia lisérgica.

E agora falo para as trevas E para a luz. Quanto da minh’alma Figurará no fogo que arde E no brilho dessa luz opaca? Meus anseios e minhas l...