E assim passaram-se os anos...
Tanto amor guardado que se modificou,
Afogando em mágoas aquele pequeno ser.
E o martelo da solidão vem batendo em seu peito
Feito sopro deixando a luz do dia uma loucura.
A pacificidade trasnformou-se em pesadelo!
O olhar cheio de lágrimas, de vazio, tomou
O veneno do abandono; tateou todo o corpo,
E foi destruindo aos poucos aquele anjo.
Afastado do sonho e junto à terra seca
Que o chama a todo instante
Lembrando-o que sem amor nas veias
A morte o arrasta para o escuro da terra.
E a terra corta-lhe a carne, ficando aos poucos
Sem face, sem alma, sem coração; vazio de amor.
(Ismael Júnior, 14/06/08).