As cinzas, a brisa, às mágoas, a chama.
Os olhos, o rosto, as facas, o sofrimento.
As pálpebras, a lua, as dores, a cama.
Os dedos, o medo, os ossos, o encantamento.
As cinzas, a lembrança, as pessoas, a fumaça.
Os estalos, o desejo, os gritos, o desespero.
As cabeças, a labareda, as chamas, a mudança.
Os olhares, o temor, os encantos, o cheiro.
A chama exala o amor do meu deslumbramento,
Os outros fingem sofrer com o desaparecimento.
E o ego da sobrevivência mata cada um por dentro.
Não tem medo da dor, não podia ver no ardor
Das chamas que atravessa o corpo para uma tempestade,
De cinzas, fumaça, lenda, florestas e desesperança.
(Ismael Júnior, 2005).
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