O taciturno e as luzes se encontram;
O desespero e o horror se afugentam;
O medo e o pesadelo se unem
Na hora do fogo e da desilusão.
Tudo nascendo do vento ao porão;
Do extremo sofrimento que a mão acaricia.
Fazes tu da cama o esconderijo,
A sombra o companheiro e a miragem.
No escuro da fantasia que os olhos guiam,
Sem algoz, por feroz, por felino.
Ser o bandido que o ombro acalenta,
De vazio e cegueira, na estrada sonolenta,
Atropela a mordaça da sentença.
Então, qual dos loucos padece?
Quem das bocas atormenta? Quem sustenta?
Sou feliz e mórbido pelo acaso,
De ficar como louco no pequeno gole da tormenta.
(Ismael Júnior, 2007)
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