Alvo das sombras, guerreiro das luzes,
Onipotente servo dos lares obcecado por lucidez submissa.
O lar do desespero venera por prazer da carne
Para satisfazer a vergonha,
Para derramar sua desilusão.
Arraste-me para seu lado,
Leve-me ao encontro do seu mundo,
Mostre-me a carne imunda que carrega para a terra,
O fogo que leva para sua esperança,
A sombra que o eleva do medo.
Falas que o guiam pelo corpo e o destrói
Com seu passado.
Trevas que reinam em seus castelos,
Ódio que o persegue nos céus.
Quero a cega lembrança
Ao seu martírio a fim de mostrar-lhe
O que de mais valioso existe em seu trono.
(Ismael Júnior, ... ).
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Caminho para uma longa noite
O encanto do entardecer pousa em seus olhos
E traz o enigma da noite
Mostrando todo seu poder e sua treva.
Do sonho que sobrevive e sobressai
Através do murmurar dos ventos - despercebidos outrora,
Arrasta contigo o grande desespero
De seres que guardam o desejo
De possuir seus cegos sentimentos
Inflamando a ferida - cruel e impetuosa.
A vida apenas lhe pertence - como um nada.
Busque o sonho do entardecer,
Espere a hora em que todo pesadelo se unirá
E conceberá, um só instante,
Aquele que sempre lhe perseguiu,
E hoje é fonte de desejo.
A noite é o jardim onde brotam todos eles.
( Ismael Júnior, ).
E traz o enigma da noite
Mostrando todo seu poder e sua treva.
Do sonho que sobrevive e sobressai
Através do murmurar dos ventos - despercebidos outrora,
Arrasta contigo o grande desespero
De seres que guardam o desejo
De possuir seus cegos sentimentos
Inflamando a ferida - cruel e impetuosa.
A vida apenas lhe pertence - como um nada.
Busque o sonho do entardecer,
Espere a hora em que todo pesadelo se unirá
E conceberá, um só instante,
Aquele que sempre lhe perseguiu,
E hoje é fonte de desejo.
A noite é o jardim onde brotam todos eles.
( Ismael Júnior, ).
Ai, nós.
Que saudade esta minha,
Vêm da boca, cegas linhas.
Estes traços belos, amontoados,
De saudade a me bater.
Falta-me o teu cheiro.
Mesmo tão distante,
Grita-me a todo instante
De vontade de te ver!
O teu seio tão brilhante,
Tua boca tão errante,
Faz-me dos olhos tão distantes
Um fervor a me arder.
Essa lua tão cheia, sedosa,
Sempre cativa, tão charmosa,
Enfia-me a lembrança,
Leva a ti, exuberância.
E ao teu lado, choro !!!
Um choro de homens,
Por um beijo distante,
No rosto da lua.
( Ismael Júnior, 23/04/2005).
Vêm da boca, cegas linhas.
Estes traços belos, amontoados,
De saudade a me bater.
Falta-me o teu cheiro.
Mesmo tão distante,
Grita-me a todo instante
De vontade de te ver!
O teu seio tão brilhante,
Tua boca tão errante,
Faz-me dos olhos tão distantes
Um fervor a me arder.
Essa lua tão cheia, sedosa,
Sempre cativa, tão charmosa,
Enfia-me a lembrança,
Leva a ti, exuberância.
E ao teu lado, choro !!!
Um choro de homens,
Por um beijo distante,
No rosto da lua.
( Ismael Júnior, 23/04/2005).
A natureza solitária
A solidão ainda lembra-me a natureza
Das coisas belas e únicas que sustentam
O movimento de um cérebro perdido de clareza.
Mas que encanta um pequeno mundo. E custam...
Custam a conhecer essa beleza tão clara,
Que no tempo mostra-se profundo, mesmo sem idade.
Passa o curto tempo de sua existência a procura
De uma humanidade tão às escuras para o que ele prescinde.
E ao mesmo tempo tenho os dias...
E vão passando sem ressentimento...
E quando se mostra loucura, a vida muda...
Ou muda-se a vida daquele que a procura,
Mesmo sem saber que a loucura paira.
Enxergo apenas as minhas calças rasgadas,
Minhas meias furadas, meus joelhos estremecidos
E um par de olhos dourados chorando por ternura.
(Ismael Júnior 08/04/2008).
Das coisas belas e únicas que sustentam
O movimento de um cérebro perdido de clareza.
Mas que encanta um pequeno mundo. E custam...
Custam a conhecer essa beleza tão clara,
Que no tempo mostra-se profundo, mesmo sem idade.
Passa o curto tempo de sua existência a procura
De uma humanidade tão às escuras para o que ele prescinde.
E ao mesmo tempo tenho os dias...
E vão passando sem ressentimento...
E quando se mostra loucura, a vida muda...
Ou muda-se a vida daquele que a procura,
Mesmo sem saber que a loucura paira.
Enxergo apenas as minhas calças rasgadas,
Minhas meias furadas, meus joelhos estremecidos
E um par de olhos dourados chorando por ternura.
(Ismael Júnior 08/04/2008).
A morte sem pretenção
Castigo a carne em nome da morte.
Juro piedade aos falsos corações.
E tão doloroso seja o sentimento
De glória ao teu nome.
Devasto as trevas para tua liberdade,
Escolho teu caminho para não mais escorregar.
E o que me resta na hora,
A não ser a palavra, para que possa
Ser compreendida e julgada
Pelos teus reflexos e desdobramentos?
Levanto-me agora para olhar-te
Com outros olhos...
Sonhar no meu caminho,
Perseguir teu inconsciente.
Invado teu corpo,
Miro em teus olhos, nada me fazes.
A dor que me transforma
Carrega minha sede de poder,
Enlouqueces a gana pela justiça
Que me fez pairar pelo injusto.
O fim da minha vida.
E com longos passos,
Caminharei ao teu lado,
Observarei tua própria sentença...
De vida ou morte.
Sem dor,
Sem motivo,
Sem pretensão.
(Ismael Júnior, ... ).
Juro piedade aos falsos corações.
E tão doloroso seja o sentimento
De glória ao teu nome.
Devasto as trevas para tua liberdade,
Escolho teu caminho para não mais escorregar.
E o que me resta na hora,
A não ser a palavra, para que possa
Ser compreendida e julgada
Pelos teus reflexos e desdobramentos?
Levanto-me agora para olhar-te
Com outros olhos...
Sonhar no meu caminho,
Perseguir teu inconsciente.
Invado teu corpo,
Miro em teus olhos, nada me fazes.
A dor que me transforma
Carrega minha sede de poder,
Enlouqueces a gana pela justiça
Que me fez pairar pelo injusto.
O fim da minha vida.
E com longos passos,
Caminharei ao teu lado,
Observarei tua própria sentença...
De vida ou morte.
Sem dor,
Sem motivo,
Sem pretensão.
(Ismael Júnior, ... ).
A febre
Para quem pode observar a desordem
Nos olhos que lidam com o poder
Na alegoria traidora dos que mentem
E tornam-se a lei.
Em que lhe serve a carne?
Para quem dar o sangue?
Alma é alma. Sangue,
Juro que não tem.
Há febre – devota, onde pode navegar
E enterrar os condenados,
Que com vida lhe negaram e pagaram com morte.
Louvores! Morte é o louvor dos santos,
E para os homens, resta-lhes
Provar da vida para saber rezar aos anjos.
Não caia da cruz com seu próprio esforço.
Se teme, não julgue.
Não despreze sua loucura por incompreensão.
O canto dos ares, a lágrima de sangue.
O falso saberá olhar. As portas fecharão e o segredo
Da história será entregue na sua penitência.
(Ismael Júnior, ...... ).
Nos olhos que lidam com o poder
Na alegoria traidora dos que mentem
E tornam-se a lei.
Em que lhe serve a carne?
Para quem dar o sangue?
Alma é alma. Sangue,
Juro que não tem.
Há febre – devota, onde pode navegar
E enterrar os condenados,
Que com vida lhe negaram e pagaram com morte.
Louvores! Morte é o louvor dos santos,
E para os homens, resta-lhes
Provar da vida para saber rezar aos anjos.
Não caia da cruz com seu próprio esforço.
Se teme, não julgue.
Não despreze sua loucura por incompreensão.
O canto dos ares, a lágrima de sangue.
O falso saberá olhar. As portas fecharão e o segredo
Da história será entregue na sua penitência.
(Ismael Júnior, ...... ).
A Fera e a Flor.
Não choro mais tanto
Quanto as marafonas.
Tão frias e singelas
Em seu canto de dor,
Silêncio e amargura.
Cravadas em pleno sol,
Em lua e solidão.
Crescendo no veneno,
Na aurora do meu sentimento.
Tão triste e devasso sofro eu,
No esplendor da minha caverna
Negra como a noite,
Fria como o inverno
Medonho e devastador.
Meu corpo congelado
Exala a dor, o amor -
O silêncio denuncia -
E o cheiro da carniça,
Do pensamento eremita,
Do corpo na cripta.
Dos meus sonhos
Na terra das florezinhas,
Tão solitárias e amargas,
No peito, sobre o clima,
Tão fúnebres que os espinhos
Viram galhos, viram ninhos
Do pensamento e do sorriso.
Doloroso para você,
Prazeroso para mim.
Riscando a pele
De beleza escondida,
Que só na morte
Lhe serão carícias.
(Ismael Júnior, 30/06/05).
Quanto as marafonas.
Tão frias e singelas
Em seu canto de dor,
Silêncio e amargura.
Cravadas em pleno sol,
Em lua e solidão.
Crescendo no veneno,
Na aurora do meu sentimento.
Tão triste e devasso sofro eu,
No esplendor da minha caverna
Negra como a noite,
Fria como o inverno
Medonho e devastador.
Meu corpo congelado
Exala a dor, o amor -
O silêncio denuncia -
E o cheiro da carniça,
Do pensamento eremita,
Do corpo na cripta.
Dos meus sonhos
Na terra das florezinhas,
Tão solitárias e amargas,
No peito, sobre o clima,
Tão fúnebres que os espinhos
Viram galhos, viram ninhos
Do pensamento e do sorriso.
Doloroso para você,
Prazeroso para mim.
Riscando a pele
De beleza escondida,
Que só na morte
Lhe serão carícias.
(Ismael Júnior, 30/06/05).
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