Hoje, mais do que qualquer outro dia
Meu coração chora, e chora, e despedaça-se
Fazendo das letras as lágrimas derramadas
E as palavras tentando amortecer a agonia.
Hoje, não mais que hoje, sinto o peso
Daquele desejo que me fez temer o amor
E que me jogou mais uma vez a indulgência.
Encantado pela existência que não mais revela
Descubro a razão pela qual ainda insisto,
Mesmo sabendo da cegueira de nossos atos,
Em amar tão intensamente e inépciamente.
Agora, a mão que ao toque sempre cedeu
Continua dormente pela sensação de indigência.
E o coração bate, bate, e bate. E sofre...
E grita, e entristece. Mas vive.