Para os grandes laços entranhados
Outrora devorados – dor e ódio –
Vazios pela ingenuidade.
Que da luz,
Silhuetas que nos levam à união
Do coração, da amplidão
Dentro das cadeias imaginárias.
Oh! Que loucura desafinada.
Um dia tão humana...
Com a fé nos braços acolhedores
De sépalas tão profundas,
De escamas tão brilhantes.
Animal, vegetal ... Vegetando.
Translúcidas mudanças escorregam
Pela garganta - mortas esperanças – fúteis, arrogantes.
E um dia chegaria a alegria a espera da devastação,
Afogam a mão em poder da obsessão.
Quero paz – velório silencioso de flores –
E hipocrisia – machado cortante de velas e sangue.
Sopro constante que apaga o calor da alma
Colonizando e espancando – o medo –
O dorso curto da criatura doce, livre.
Seja talvez pela angústia
Que será forte – concreta e abominável.
Trouxeram-me de volta... O mundo vive,
Que mentira tão cristalina, onde meus ouvidos,
Como pétalas ao vento,
Sentindo...
Essa maestria dos sentimentos
Fazendo-me sofrer,
Nadar às cegas. E depois olhar para traz.
(Ismael Júnior, 26/03/05).
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