Sei que ando triste, louco ou perdido.
Não sei o exato que em mim existe, mas sei
Que no vento profundo que faz abrir o longo sorriso,
Que existe a extremidade do sonho, do banquete.
E que sairá do meu próprio esforço, o sabor
Do vinho da liberdade, aquela mesma
Do coração sozinho. Que venha então o conhaque!
Não me falta coragem e afundo na saudade.
Não tenho lágrimas para lamentar.
Restam as palavras, cegas, doentias...
Próximo das críticas, e por incrível que existam
As minhas mãos na areia se degladiam
Com medo de morrer na terra fria,
Sonham com o amor que neles habitam.
Na areia vão somente os depreciadores
Da ansiedade de carne e do poder de rebeldia.
(Ismael Júnior, 13/08/05).
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