Quanto cego talvez seja eu,
Verme qualificado de desgraça
Perante o mau dizer das carcaças
Que nada tem a temer da terra.
E nada a lamentar da desgraça
Mesmo com pútrido ambiente
Não deixa de ser o mesmo canalha
Diante da morte ou da mordaça.
Perante o insulto ou diante da faca.
E mesmo perdido na morte
Não trago no coração a falta
De ódio, de vingança e de trapaça.
Onde posso tudo! Como no sonho
Que encarrega-me de dizer o que passa
Na tua vida, na minha lembrança
E na minha caminhada para a esperança
De algo triste que minha vida sempre afronta.
(Ismael Júnior, meados de 2008).
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