Na infância do meu passado cego
Vestiu-se toda presença do ventre renegado.
Sempre observado pelo desespero que me guia.
Vi-me coberto por manto negro,
Com sombras pálidas, minha alma sufocada.
Lembra-me do fato em que confundi
O triste pelo alegre - vivido de forma desordenada
E convulsiva da intolerância
Das lágrimas.
Estas lembravam um museu;
Onde cada uma derramada
Mostrava-me mais e mais
Os sonhos já vividos e mal lembrados.
Esqueço-me da poesia
A fim de lembrar-me dos pecados,
Do verde-negro,
Do negro-vermelho,
Do triste caminho e de você.
(Ismael Júnior, 2005).
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