Joguei para o alto a lembrança do amanhã.
Fiz-me de vela para acender o passado.
Abracei as estrelas como se mordesse cacto.
Feri minh’alma com um punhado de areia.
Sabendo que, do grande rio que parei na beira,
Apenas lágrimas eu pescaria.
Apenas de escuridão, meus olhos se encheriam.
Toda a parte que havia destruído, voltada para o espaço.
Terra de sombras sem luz -
Assim também, os meus pés e o meu desejo
Levando a todo o infinito perturbado
A cadeia de desejos
Pelo qual o homem sempre lembrará.
Mesmo no medo,
Na fraqueza ou no sonho encantador.
(Ismael Júnior , 2005).
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