Quando o ódio começou a dominar
A revolta passou a ser parte do encantamento,
E virou tragédia para fora do deserto.
Como sendo o caminho longo a me maltratar.
Tateou no orvalho feito bruma a se espalhar.
Beijou o olho feito vento sobre a noite a me banhar.
Queimou o étimo, esse pequeno pedaço do meu mundo.
Farejou o cheiro do brejo e afundou-me no profundo.
Esse, sem fim, clarão da noite.
Esse, tão solitário, mundo infinito.
Esse, triste ermo, salgado das lágrimas.
Meu tétrico, sético e amargo mundo.
Quem de nós enxerga esse vazio turvo?
Sou eu no sonho ou você no meu tudo?
(Ismael Júnior, 03/09/05).
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