Por rios largos, olhos profundos,
A loucura caminha por ti, absurdo!!
Pandora, carne imunda, dor nos olhos,
Pequena parte da atmosfera do submundo.
Nessa mesma arte, dessa mesma crença
Cresce meu eu - violento, demente, suicida.
Morrem todos - por pura ilusão da vida -
Em mil cantos e cem poesias,
Em dez pés e doze moléstias...
Vive eu. Vivo como criatura
De olhos largos e boca carnuda.
E na noite sonhas tu, que derramas
Da própria lente, o beijo ardente
Do prazer, da loucura, do terror.
(Ismael Júnior, 12/08/05).
Nenhum comentário:
Postar um comentário