Nem sempre quando a mente nos confunde
O corpo, mesmo sem alento, observa a loucura.
Sendo mesmo apenas mais uma pequena porção
Da sublevação do esconderijo onde brota
O alimento para que possa viver no relento.
E quero sempre lamentar o sol poente em que,
Depois, nas trevas, a vida se tornou doente.
Assim como sinto agora, longe da realidade,
Amortiçado, que o peito carrega por todos os lados,
Trazendo desse pequeno eu, um grande imaginário.
De quê? Pra quê? Onde? Por onde?
Tudo isso ilude a vida; ilude a esperança,
E mesmo caminhando para tentar compreender
Morro no colo do útero, antes mesmo da fecundação;
Como uma criatura que não percebeu o seu mundo,
Mas que pelo menos de sonhos aqueceu a idéia
De uma vida que poderia ter crescido em volta
Daquilo onde a vida é um pedaço pequeno
Dos sonhos que pretendo viver.
(Ismael Júnior, 18/06/08).
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