Essa é a verdade que não consigo encarar!
Porque tantas dúvidas quando penso que o medo se foi?
As marafonas me perseguem, mesmo sem alento
Viajando pelos lábios que não conseguem movimento.
Soltando gritos que não sei de onde a calvária pode tirar.
A não ser do túmulo, já que o amor torna-me parte dela,
E mesmo enxergando o corpo estirado não consigo sentir
A terra fria sobre ele. Não consigo trazer você de volta,
E uma tormenta em desvairamento, um decair de tudo da cabeça.
Que cabeça? Esse pedaço do corpo já não pensa.
Que sofrimento!! E onde consigo fazer essas lembranças?
O que escolher? Dor ou sofrimento? Sofrimento ou dor?
O álcool será não a solidão, mas o medo do sofrimento.
E quando penso em ser forte o dia acaba com toda essa covardia;
Trazendo fantoches para mostrar que o nada é tudo.
Tudo aquilo que os fracos se emocionam.
Que morra tudo! Eu, meu jardim, meu desespero, minha dor.
Mas que reine o meu desejo solitário que com toda sua sabedoria
Trouxe-me as palavras para que pudesse morrer encantado.
Não com o meu amor, mas com a minha infantil imaginação.
(Ismael Júnior, 16/06/08).
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