A voz cala-se, o tempo pára,
A mão gela, a terra vira treva.
A dor cresce e revela...
A lembrança varre a selva.
Mais e mais vem ao consumo,
Traz a mim o doce lírio;
Deixa a paz, deixa o espinho.
Que doença! Mata com demência...
Mata o homem, mata a essência
Mais selvagem que atormenta
O suor da face fria.
Sem pensar, o medo com seu belo sopro,
Chega como um escárnio
Deixando-me transtornado.
(Ismael Júnior, 22/06/05).
Nenhum comentário:
Postar um comentário