Os Santos olhos em meus ombros
Trás certezas que o lado escuro e bêbado
Serve de sermão para o triste ser absorvido
Entre a alma e os escombros do passado.
Sendo assim uma pequena pureza,
Entre sopros de veneno e mordidas
De delírio, entre o sôfrego engano
E o cósmico lugúbrio da tristeza áspera
Que arrepia com destreza o doce ser.
O simples olho de misericórdia
Dentro do pequeno mundo de discórdia
Das certezas e incertezas do óbvio.
Que ilumina a morbidez da clareza,
A tristeza do sorriso no algoz da fereza
De ombros largos e pesados de escárnios.
(Ismael Júnior, 29/07/08)
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