Como se o tempo elevasse a tristeza.
Como se a luz escondesse o falante.
Como se a chama recortasse a beleza.
Como se a vida formasse em ganglionite.
.
E tudo continuaria místico,
O tempo, a luz, a chama, a vida.
Sem face, sem laços, sem prognóstico.
E todos se transformassem em homicidas.
.
Como se os olhos estivessem enganados.
Como se as velas queimassem sem chorar.
Como as noites em horrendos fados.
Como as estrelas que não param de hospedar.
Eu teria tudo para contemplar, a seiva,
O rosto, o entardecer.
Mas tu, ficara turva,
Como se eu estivesse a crer
Que não mais lhe sentiria.
(Ismael Júnior, 20/08/98).
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