As noites de tormento sobrevoam minha áurea
E me enganam como morcegos ao sol.
Trazem vozes, choros, pesadelos.
Penumbram o meu estado,
Carregam a minha sombra
E mostram às estrelas o meu sangue.
Nelas vejo arco-íris, cores - não sei.
Trazem chuva - de sonhos – devastadora.
O corpo talvez não saiba:
Para cada vela, um enfermo;
Para cada luz, uma lágrima.
Subindo as escadas – pálidas -
Mostrarei-lhe o sonho do entardecer.
Se a música me mostrasse
Hoje, o canto para a morte,
Faria-me alegrar o sonho
De poder lutar contra a dor,
Ou talvez devolvesse
O ódio, a carência e a peste
Que se veste nos meus olhos
Toda vez que vejo o amanhecer.
Não!!! Todas essas luzes...
Sei que ele virá e me abraçará
Com toda a sua solidão,
Olhando para mim como se fosse eterna.
Murchando meu ser, demonstrando leveza
E matando-me de angústia.
Por mais uma vez...
Empurrando-me para a loucura.
(Ismael Júnior, 05/11/03 ).
segunda-feira, 31 de maio de 2010
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A procura da poesia lisérgica.
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