Ismael Leite de Almeida Júnior

Minha foto
Aracaju, SE, Brazil
Poeta, cantor, compositor, guitarrista, apaixonado por mundos e vida.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Texto explicativo


Não venho do ócio por um motivo sóbrio. Trago aqui um rasgado de mundo sintetizado em ondas assimétricas de melancolia e abstinência. Um sonho parado que retorna a característica da criação acordada anos atrás de qualquer ordenação. A semelhança entre o belo e o morto que está apenas nas lágrimas que derramamos por escolha própria. Ou enxergo e vivo ou me castigo como morto. É tão incoerente a incoerência das razões que em cada mão planto. Uma palavra pela qual representa o variante do meu humor, e nesta faço uma versão daquilo que agora me lanço, e vou tentando... tentando... tentando.
Reparo que na falta da minha coragem algumas coisapessoas encontram um sofrimento que não explica nada, mas faz da tortura uma dor mais avançada. É o medo quem fala, ou melhor, chora. Aqui alguém vai me dizer que o que escrevo são lástimas, fezes ou simplesmente mágoas. Quanta realidade digo para que todos consigam me ignorar. E riem pela minha caretice, e sofrem pelo mesmo motivo que ao ócio me levara.
Oh bela música! Tu que agora me encantas, mostre para essa pequena alma o triste caminho da esperança. E faça arder em minha face o doce colorido dos meus olhos que de tão molhados reflete o cinza da vida lá fora. Mostre-me o quanto alegra e conforta aqueles que a ausenta.
Hoje mostro que meu ócio, minha dor, minha embriaguês, meu choro e minha solidão construíram mais alguns degraus. E que louco isso sabe?! Não acredito que a minha morbidez possa ter tantos caminhos. Assim como também não acredito como tantos caminhos loucos e cegos dizem percorrer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A procura da poesia lisérgica.

E agora falo para as trevas E para a luz. Quanto da minh’alma Figurará no fogo que arde E no brilho dessa luz opaca? Meus anseios e minhas l...