Às vezes desespero, outras tantas suicido;
Quase sempre enlouqueço, queira eu iludido.
Com olhos chafalhão, cênicos e desiludidos.
Coisa minha essa desgraça, esse chafurdo.
Eu! Empoeirado pelo tempo – triste feito espinho.
Seco como a rosa murcha, morta e sem textura
Que a beleza arremessou na areia para o fim do ninho.
Sem forma, nem cheiro, sem força nem fervura.
Solto ao vento corro eu, junto às pétalas.
Mancho meus pés de selva, de trevas, de ura.
Para sempre enrrustido no penitente das brenhas.
Que não vê a lua com beleza; Fadas com angústia.
Molha os jardins dos campos com lágrimas,
Germinando sonhos e traz da terra ignorância.
(Ismael Júnior, 1998).
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