A Lua cobre minha tristeza, e descobre minha alma.
Sofro, sinto, padeço, cego, morro.
Esconde o rosto por semanas e não vejo seu brilho.
Tem na mão o que de belo planto na escuridão.
Não deixarei esta grande lua me devorar.
Sinto nas noites o que meus olhos ainda hão de enxergar.
Um grito lírico que saliva irei gastar.
Seja por desejo, seja por delírio ao te encontrar.
Enterrar-me-ei nas noites sem ti; nas trevas,
Não poderei ir. Quero da tua lucidez degustar;
Da beleza, apreciar; e da distancia, delirar
Nos braços bravos seguros pelos cantos.
Mesmo sem acalanto, rezo para em meu pranto
Enxergar a luz que nas noites segue a me olhar.
(Ismael Júnior, 13/08/2005).
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