Essa doce corrente de chamas –
Olhos vermelhos na minha brandura.
Desliza entre becos côncavos,
Devora-me da carne para dentro.
Nestes pés carbonizados,
Livres do cansaço; no retardo
Da batida do coração inspirado
Pelo fogo do teu corpo desvairado.
Chegaram as cinzas, lindas,
Do meu corpo entre pedaços,
Mais negros que os gatos
Perdidos nos telhados,
Vendo as chamas rompendo -
O meu corpo e o teu pecado.
(Ismael Júnior, 14/06/05).
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