Ismael Leite de Almeida Júnior

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Aracaju, SE, Brazil
Poeta, cantor, compositor, guitarrista, apaixonado por mundos e vida.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dor e medo

Tento; levo; sinto; invento, solto;
Tudo; tempo; medo; drama; cor; cinzento;
Alto; longo; falso; ódio; dor; entendo;
Fujo; vejo; conto; escondo; presto; longo.

Pareço; quero; medo; tantos; frio; encanto;
E vejo; e corro; e temo; e pranto; e canto;
Quero; o queixo; e pondo; o pranto; e corro;
Tanto; solto; findo; trêmulo; pratos; caras; dor e medo.

Sinto ao tempo as coisas que relutam pelo corpo
Que marafonas e baratas, e seu cheiro negro
Trás a cor do tempo, do medo, do desprezo.

E ao fundo vou querendo, sempre o mesmo beijo,
E assim o lábio úmido para falar a cor da frigia.
Vou assim: com medo; trêmulo; tenso; punho; louco;
Anjo; frígido; pranto; dor e medo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quanto mais ao mar meus olhos se lançavam


 
Ontem, junto ao mar fui lançado para um sonho
E no som das pedras que o mar abraçava
Encantei-me com a beleza de uma linda
Sombra que ao lado se lançava, vestida
De ternura e beleza que ao homem é loucura.

Quanto mais ao mar meus olhos se lançavam
Percebia quanto à beleza do teu corpo refletia
E junto ao som das gaivotas fez-se a voz da bela
Em poucas palavras mostrando-me sua fala assim,
Como ao mar não parava de encantar e beijar as pedras.

Pedras estas que apoiavam a mais linda sombra da ilha.
A noite caia, o mar avançava, as pedras gemiam,
Meus olhos brilhavam, você sorria e a noite
Com toda sua potência a Lua nos trazia.

Como é linda a noite, a lua, o mar, até a chuva
Que nos unia fugindo do sopro que da noite se valia.
E cantamos, e falamos, e sorriamos e nada mais
Vai tirar este agora, que por um louco momento
É o melhor suspiro que posso contemplar sozinho.

E nas loucuras que poderei cantar


Hoje, olhando para esta imensidão escura
Acima dos meus olhos, uma gigantesca
Sombra que transforma o dia em noite
Onde uma quantidade infinita de estrelas
Vem nos trazer essa chuva de brilhos
Formatos e cores que me sufocam.

E para alertar a imaginação, nuvens,
Nuvens escuras dando forma a loucura,
Criando desenhos que apenas a mente
Os dimensionam e logo após o vento
Vão passando numa pressa alucinada

Não esperam a palavra e vão-se para
A escuridão além do horizonte muito,
Muito distante onde só a Lua iluminara.
Ah, a Lua, este belo astro que aqui se faz
Solitária, iluminando os meus sonhos
Movendo a luz entre eu e as nuvens.

Que astro encantador, faz de sua forma
E brilho a dor e a alegria dos pobres,
Dos ricos, dos loucos. Nos risos
Nas lembranças...

Com seu passo lento nos faz reviver
As faces, a amargura... A felicidade.
Quanto sentimento em um só astro
Que ao longe me faz viajar na mulher,
No prazer, no amor, nos encantos
E nas loucuras que poderei cantar.

A procura da poesia lisérgica.

E agora falo para as trevas E para a luz. Quanto da minh’alma Figurará no fogo que arde E no brilho dessa luz opaca? Meus anseios e minhas l...